Poesia de Machado de Assis:

"O Gênio Adormecido"

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Créditos: obra de domínio público. Imagens: Historiatecabrasil.com

Do Grego Vate expande-se a harmonia Em teus sonoros carmes! Na harpa d'ouro Do sacro Apollo, Trovador, dedilhas Doces cantos que o espírito arrebata Ao recinto celeste!

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Em cit’ra de marfim, com fios d’ouro Cantaste infante, para que mais tarde A fama ativa as tubas embocando Com voz imensa proclamasse aos mundos Um gênio americano!

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E tu dormes, Poeta?! Da palmeira No verde tronco penduraste a lira. Após nela entoar linda epopéia, Que mau condão funesto à nossa pátria Faz soporoso o Vate!

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Vatel Vate!... Que morre harmonioso! Semelha um som ao respirar das brisas Nas doces cordas do alaúde d'ouro Pendurado no ramo da palmeira, Que sombreia o regato!

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Desperta, ó Vate, e libertando o estro Desprende a voz, e os cânticos divinos; Deixa entornar-se em teus ungidos lábios Como a ribeira deslizando o corpo Cercado de boninas.

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Sim, ó Vate, o teu canto é tão sonoro Como os sons da Seráfica harmonia Dos sonorosos cantos sublimados Do doce Lamartine — o Bardo excelso. Da França o belo Gênio!

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oma a lira de novo, e um canto vibra, E depois ouvirás a nossa terra Orgulhosa dizer: — Grécia, emudece Dos vates berço, abrilhantado surge O Gênio adormecido!

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Ao Ilmo. Sr. Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa Poesia de Machado de Assis, o peta brasileiro.

 a próxima é demais!!!→   

FIM... 

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