Poesia de Machado de Assis:
Condão
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Créditos: obra de domínio público. Imagens: Historiatecabrasil.com
Uns olhos me enfeitiçaram, Uns olhos... foram os teus. Falaram tanto de amores Embebidos sobre os meus!
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Eram anjos que dormiam Dessas pálpebras à flor Nas convulsões palpitantes Dos alvos sonhos de amor.
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Foi à noite... hora das fadas; Bem lhes sentira o condão; Mas refletiam tão puras Os sonhos do coração!
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Como ao sol do meio-dia Dorme a onda à flor do mar, Eu dormi, — pobre insensato, Ao fogo do teu olhar...
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Pobre, doida mariposa, Perdi-me... — pecados meus! Na chama que me atraía, No fogo dos olhos teus.
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Venci protestos de outrora, Moirei no teu alcorão, E vim purgar nesses olhos Pecados do coração.
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Pois bem hajam os teus olhos, Onde um tal condão achei: Doido inseto em torno à chama, Todo aí me queimarei.
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C'est que j'ai recontré des regards dont la flamme Semble avec mes regards ou briller ou mourir. E. DESCHAMPS
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