Poesia de Machado de Assis:

A Francisco Pinheiro Guimarães

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Créditos: obra de domínio público. Imagens: Historiatecabrasil.com

Ouviste o márcio estrépito E a mão lançando à espada Foste, soldado indômito, Vingar a pátria amada, Do universal delírio Aceso o coração.

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Foste, e na luta férvida, (Glória e terror das almas) De quais loureiros vividos Colheste eternas palmas, Diga-o ao mundo e à história A boca da nação!

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Custa sentidas lágrimas A glória; a terra bebe Sangue de heróis e mártires Que a morte ali recebe; Da santa pátria o júbilo Custa a melhor das mães.

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Mas tu, audaz e impávido, No ardor de cem porfias, A mão dum ser angélico, Herói, guiou teus dias; E no amplo livro inscreveu-te Dos novos capitães!

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Se hoje co’as roupas cândidas Voltou a paz à terra, Não, não te basta o esplêndido Louro da extinta guerra; De outra gentil vitória A palma aqui terás.

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Chamam-te as musas, chama-te A imensa voz do povo, Que em seu aplauso unânime Te guarda um prêmio novo; Vem lutador do espírito, Colhe os lauréis da paz.

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